29.9.13

...entre autárquicas e desporto... 29.09.2013

Ontem, na classe Platu 25, Afonso Domingues e Hugo Rocha foram campeões do Mundo de Vela, numa prova disputada na Corunha.
Hoje:

Quanto a autárquicas... a abstenção é muito alta, convem fazer leituras dos votos em branco e nulos...
Informações práticas sobre o processo eleitoral, aqui.
A abstenção, desde 1976, para conhecer no PORDATA.
Resultados a acompanhar, por exemplo, aqui.
Um país político moribundo... não há políticos de fundo, à altura dos nossos desportistas!


Biblioteca Digital Mundial... a explorar!

Clique aqui para aceder à Biblioteca.

Património Cultural: Economia e Emprego - Outubro 2013

Informações sobre o Seminário: aqui.
Diversos estudos acerca do valor económico e social da Cultura, também acessível no mesmo website.

Salif Keita, «Folon»

Salif Keita & Cesaria Evora, «Yamore»


Yamore
Je t'aime mi amoré menebêff fie
Ene le arabylyla to much
...
Namafiye, namafiye guni yerela ba namafiye Niere a ná nifon
Ye namo kofue nerum silê don kile le, ina kola ahaha
Rile enela munuku mo sô
Nienama kofiye, soro falê é mo sonho mana osi koté
Nanana nekona, dê I lêlê fon

Je t'aime mi amoré menebêff fie Nê comf fop ach ari
Ene le arabylyla to much Xurin né bi feu J t'aim

Un tem fé, si un tem fê
No também viver sem medo e confians
Num era mais bisonho
Olhar de nos criança ta a tornar brilhar de inocença
E na mente CE esvitayada
Temporal talvez ta mainar
Na brandura y calmaria
Nosso amor ta vins cansando
De ser luta e resitencia
Pa sobreviver nas tormenta
Na brandura y calmaria
Nosso amor ta vins cansando
De ser luta e resitencia
Pa sobreviver nas tormenta

Je t'aime mi amoré menebêff fie Boi nhat zefiu, ermãos
Ene le arabylyla to much Boi etud nhiafieu, la paz

Xeritava pá, beru kuyê mobiliko yoi nhÊ
Ahaha rilê ene La munuku mo sô
In deburu ieu kordaine
Sank é noite a namo a cantor
Ê enela mulnuku mo sol
Yo sakenem mo sol

Un tem fé, si un tem fê
No também viver sem medo e confians
Num era mais bisonho
Olhar de nos criança ta a tornar brilhar de inocença
E na mente CE esvitayada
Temporal talvez ta mainar

Songwriter: Salif Keita

Salif Keita, «Africa»

19.9.13

Victoria Santa Cruz, «Me gritaron negra»


" Me gritaron negra"
(Victoria Santa Cruz)

Tenia siete años apenas,
apenas siete años,
¡Que siete años!
¡No llegaba a cinco siquiera!

De pronto unas voces en la calle
me gritaron ¡Negra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!
"¿Soy acaso negra?"- me dije
¡SI!
"¿Qué cosa es ser negra?"
¡Negra!
Y yo no sabía la triste verdad que aquello escondía.
¡Negra!
Y me sentí negra,
¡Negra!
Como ellos decían
¡Negra!
Y retrocedí
¡Negra!
Como ellos querían
¡Negra!
Y odie mis cabellos y mis labios gruesos
y mire apenada mi carne tostada
Y retrocedí
¡Negra!
Y retrocedí . . .
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Neeegra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!

Y pasaba el tiempo,
y siempre amargada
Seguía llevando a mi espalda
mi pesada carga
¡Y como pesaba!...

Me alacie el cabello,
me polve la cara,
y entre mis entrañas siempre resonaba la misma palabra
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Neeegra!

Hasta que un día que retrocedía , retrocedía y que iba a caer
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!

¿Y qué?
¿Y qué?

¡Negra!
Si
¡Negra!
Soy
¡Negra!
Negra
¡Negra!
Negra soy

¡Negra!
Si
¡Negra!
Soy
¡Negra!
Negra
¡Negra!
Negra soy

De hoy en adelante no quiero
laciar mi cabello
No quiero
Y voy a reírme de aquellos,
que por evitar -según ellos-
que por evitarnos algún sinsabor
Llaman a los negros gente de color
¡Y de que color!
NEGRO
¡Y que lindo suena!
NEGRO
¡Y que ritmo tiene!
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO NEGRO

Al fin
Al fin comprendí
AL FIN
Ya no retrocedo
AL FIN
Y avanzo segura
AL FIN
Avanzo y espero
AL FIN
Y bendigo al cielo porque quiso Dios
que negro azabache fuese mi color
Y ya comprendí
AL FIN
¡Ya tengo la llave!
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO NEGRO NEGRO
NEGRO NEGRO
¡Negra soy!

GRITARAM-ME NEGRA!

13.9.13

«Carvalhesa», Festa do Avante 2013


Depois do concerto de homenagem ao centenário do nascimento de Álvaro Cunhal e do centenário de criação  d'«A Sagração da Primavera», de Igor Stravinsky, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa tocou a «Carvalhesa»!
Não há FESTA COMO ESTA!!! Estávamos mesmo ali!

«Queixa das Almas Jovens Censuradas», Natália&Zé Mário - obrigatório!


poema de Natália Correia (1923-1993)

Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola

Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade

Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência

Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro

Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós

Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo

Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro

Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco

Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura

Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante

Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino

Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte.

Natália Correia, «O quarto é o homem elevado ao quadrado»

Hoje é dia de Natália Correia, fica «O Encontro» (1973)

9.9.13

«É na Terra não é na Lua», documentário de Gonçalo Tocha

«Pare, Escute, Olhe» (2009), de Jorge Pelicano


Documentário de Jorge Pelicano, distinguido em Itália, na 59.ª edição do Trento Film Festival, com o Prémio Cittá di Bolzano, para o Melhor Filme de Exploração e Aventura, noticia a edição on-line do Diário de Notícias. Estavam a concurso 27 filmes de várias nacionalidades. 
«Este documentário mostra o que acontece ao povo quando o sistema político é mais influenciado pelos interesses privados do que os interesses de uma comunidade. É um grande exemplo de cinema interventivo que nos deixa a pensar.» (in youtube)

Sétima Legião, «Sete Mares»


Tem mil anos uma história
De viver
Há mil anos de memória a contar
Ai, cidade á beira-mar
Azul

Se os mares são só sete
Há mais terra do que mar ...
Voltarei amor com a força da maré
Ai, cidade à beira-mar
Ao sul

Hoje
Num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul
Sete mares

Foram tantas as tormentas
Que tivemos de enfrentar...
Chegarei amor na volta da maré
Ai, troquei-te por um mar
Sete Mares

Hoje
Num vento do norte
Fogo de outra sorte
Sigo para o sul
Sete Mares

Madredeus, «Haja o que houver»


Haja o que houver
eu estou aqui
Haja o que houver
espero por ti
Volta no vento
Ó meu amor
volta depressa
por favor
Há quanto tempo
já esqueci
Porque fiquei
Longe de ti
Cada momento
é pior
Volta no vento
Por favor
Eu sei, eu sei
Quem és para mim
Haja o que houver
espero por ti

7.9.13

Um Tempo que Passou, Chico Buarque&Sérgio Godinho


Letra: Chico Buarque; música: Sérgio Godinho
Vou
uma vez mais
correr atrás
de todo o meu tempo perdido
quem sabe, está guardado
num relógio escondido por quem
nem avalia o tempo que tem

Ou
alguém o achou
examinou
julgou um tempo sem sentido
quem sabe, foi usado
e está arrependido o ladrão
que andou vivendo com meu quinhão

Ou dorme num arquivo
um pedaço de vida
a vida, a vida que eu não gozei
eu não respirei
eu não existia

Mas eu estava vivo
vivo, vivo
o tempo escorreu
o tempo era meu
e apenas queria
haver de volta
cada minuto que passou sem mim

Sim
encontro enfim
iguais a mim
outras pessoas aturdidas
descubro que são muitas
as horas dessas vidas que estão
talvez postas em grande leilão

São
mais de um milhão
uma legião
um carrilhão de horas vivas
quem sabe, dobram juntas
as dores colectivas, quiçá
no canto mais pungente que há

Ou dançam numa torre
as nossas sobrevidas
vidas, vidas
a se encantar
a se combinar
em vidas futuras

Enquanto o vinho corre, corre, corre
morrem de rir
mas morrem de rir
naquelas alturas
pois sabem que não volta jamais
um tempo que passou

(Ou dançam numa torre...)

(Enquanto o vinho corre, corre, corre...)

4.9.13

Cesária Évora, «Ausência»


Uma música da autoria de Goran Bregovic, interpretada por Cesária Évora. O tema faz parte da banda sonora do filme Underground, realizado por Emir Kusturica.

Ausencia ausencia ...
Si asa um tivesse
Pa voa na esse distancia
Si um gazela um fosse
Pa corrê sem nem um cansera

Anton ja na bo seio
Um tava ba manchê
E nunca mas ausencia
Ta ser nôs lema

Ma sô na pensamento
Um ta viajà sem medo
Nha liberdade um tê ' l
E sô na nha sonho

Na nha sonho mi é forte
Um tem bô proteçäo
Um tem sô bô carinho
E bô sorriso

Ai solidäo tô ' me
Sima sol sozim na céu
Sô ta brilhà ma ta cegà
Na sê claräo
Sem sabe pa onde lumia
Pa ondê bai

Ai ...Solidäo é um sina ...

Ai solidäo tô ' me
Sima sol sozim na céu
Sô ta brilhà ma ta cegà
Na sê claräo
Sem sabe pa onde lumia
Pa ondê bai

Ma sô na pensamento
Um ta viajà sem medo
Nha liberdade um tê ' l
E sô na nha sonho

Na nha sonho mi é forte
Um tem bô proteçäo
Um tem sô bô carinho
E bô sorriso

Ai solidäo tô ' me
Sima sol sozim na céu
Sô ta brilhà ma ta cegà
Na sê claräo
Sem sabe pa onde lumia
Pa ondê bai

Ai ...Solidäo é um sina ...